tag:blogger.com,1999:blog-33648718471406788442024-03-08T11:03:29.859-08:00A banda sonora da minha vidaFilipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-68347342836533723932009-02-12T23:36:00.000-08:002009-02-12T23:46:22.789-08:00Tudo começou com um filme...Hoje não dormi. Mais uma vez.<div>No entanto não tenho sono.</div><div>Levantei-me, peguei no meu leitor de mp3 e carreguei no PLAY.</div><div>Fui até à cozinha e liguei a máquina do café. </div><div>Depois da habitual espera, peguei na pequena chávena e fui até à janela.</div><div>O sol levanta-se do Tejo.</div><div>Está bonito.</div><div>Não é a primeira vez que vejo o nascer do sol da minha janela, mas hoje parece mesmo bonito.</div><div>A música que entra pelos meus ouvidos ajuda. E muito!</div><div>Pego no leitor de mp3 e vejo que estou a ouvir Zero 7. </div><div>Arranjei vários álbuns deste grupo há cerca de uma semana e tenho ouvido aqui e ali. Normalmente é uma voz feminina que se faz ouvir, mas hoje é uma voz não muito grave de homem que se faz ouvir. Os acordes soam mesmo bem, parece incrível.</div><div>Caramba, o amanhecer em Lisboa neste dia é capaz de ser o melhor amanhecer que já vi.</div><div>A faixa que estou a ouvir, raios partam, diz tudo: Morning Song!</div><div>Tudo isto porque uma menina que conheci há uns 3 ou 4 meses me recomendou o filme Garden State. Eu vi-o e gostei de tudo, dos actores, do argumento, da banda sonora. Movido pela curiosidade espreitei no google e andei em busca dos senhores e senhoras que, juntos, deram mais cor à história.</div><div>Zero 7.</div><div>Gosto.</div><div>Se fosse a vocês experimentava ouvir.</div><div>Eu vou ouvir a Morning Song pela quarta vez agora.</div><div><br /></div><div>VIRA O DISCO!</div>Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-29134510069877532092008-10-20T04:55:00.001-07:002008-10-20T05:10:49.805-07:00As enguiasEstou velho.<br />Ainda não consegui lembrar-me porque ou quando comecei a ouvir <a href="http://www.eelstheband.com/">Eels</a>.<br />Lembro-me que quando ouvi "Novocaine for the Soul" fiquei apaixonado pelo som desta banda.<br />Sei que gosto e sempre gostei.<br />Também sei que o vocalista, um maluco que gosta de ser tratado por 'E', tem um ar extremamente alucinado e bem podia ser o freak do álbum dos Eels chamado "Beautiful Freak", não fosse o beautiful...<br />Recentemente, encontrei uma colectânea destes senhores que vos recomendo: "Meet the Eels: The essential Eels".<br /><br />Quem não gostar pode ir encomendando a camisa de forças ou então gosta de sacrificar cabritos...<br /><br />VIRA O DISCO!Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-61393013614001481232008-06-17T05:39:00.000-07:002008-06-17T07:01:36.921-07:00And now...live...at Queima das Fitas de Coimbra...A Queima das Fitas de Coimbra serviu para eu começar a ver uns concertos ao vivo.<br /><br />Lembro-me que era daqueles pouco maluquinhos de tinham ouvido Clawfinger na Antena3 e foram a correr comprar os CDs da banda escandinava.<br />Lindo foi quando soube que eles iam estar na Queima.<br />Brutal!<br />Eu fui lá para o meio, na altura ainda com o meu belo sapatinho de vela, para o meio dos metaleiros, curtir como se não houvesse amanhã, a deixar-me levar pelo turbilhão do "mosh".<br />A páginas tantas perdi um sapato e, aí sim, começou a aventura. Lá o encontrei, no meio de cotoveladas e empurrões e, como sensato rapaz que sempre fui saí do meio da confusão. É claro que foi só para apertar o sapato e logo voltei.<br /><br />Sei que nesse ano também tocou uma banda porreirinha mas está a falhar o nome e também não sei onde foi parar o CD single que comprei... Sei que foi bom e me diverti.<br /><br />Nessa altura eu ainda achava que Deftones eram uma banda de malta intelectual e nem me cheguei perto da zona do palco, fui beber. Bronco!<br /><br />Estava a tentar lembrar-me de alguma banda decente que tenha estado nos anos seguintes em Coimbra para a festa dos estudantes mas julgo que quando a Queima mudou de lado do rio Mondego acabou por perder as grandes bandas.<br /><br />Tudo bem que ainda assisti a alguns concertos de Blasted Mechanism, vi Lamb e rebolei a rir com Mike Flowers Pop mas faltava ali qualquer coisa. Acho que ainda chegaram a ir a Coimbra uns já decadentes Stone(d) Roses mas foi fraquinho fraquinho...<br /><br />Blasted foram, na minha opinião, a melhor banda que vi até hoje ao vivo. Sim, não vi muitas, é verdade. Mas são excelentes. O visual, o som...o dialecto estranho... É uma mistura que me prende nas primeiras filas e me faz pular.<br /><br />Fartei-me de Xutos&Pontapés. É verdade. Depois de os ver repetidas vezes acabei por me fartar. Deles e dos Da Weasel.<br /><br />Na Queima a noite grande é a de sábado mas a melhor noite é a do Cortejo, também conhecida como a Noite Pimba.<br />Recordo o concerto das Baby, um momento de amor e carinho durante o qual as meninas ficaram em bikini e, perante o sonoro "tira!tira!tira!" da multidão, as meninas tiveram de fazer uma ameaça: "vá lá! parem com isso se não vestimos os casacos!".<br />Também recordo um concerto, este numa Festa das Latas, que levou Ruth Marlene ao palco. Foi bonito. E foi especialmente tocante quando, no início de cada música, a cantora dizia "esta é para todos os que se amam" ou "esta é para quem ama" ou "esta é pelo amor" ou "esta é para os casais apaixonados" e coisas do género. A rapariga era original, não havia dúvida.<br /><br />Grandes também foram as actuações de Ena Pá 2000, Irmãos Catita e Tu Metes Nojo.<br />A única coisa que ainda me lembro dos Ena Pá foi ter estado o concerto todo lá à frente a cantar as letras do princípio ao fim. Estes senhores são donos de um talento fantástico a nível instrumental e passeiam a sua classe ordinária nas canções com que nos brindam.<br />Já quando os mesmos meninos estiveram em Coimbra mas enquanto Irmãos Catita, o concerto foi diferente. Já foi no palco RU( e não no principal e foi com a batida electro da tenda ao lado como som de fundo. Gritos como "Red Bull Não! Licor Beirão!" e outros que se escapuliram por entre os anos que já passaram e o álcool consumido nessa noite, iam animando o público que se ia juntando na apertadinha tenda RU(. Momento alto: Chiquito, o rei do órgão mágico.<br />Tu Metes Nojo actuaram numa Latada e fizeram furor. Desde um bacalhau, uma cabeça de porco, até gritos de "vivam os bacarelatos, abaixo as licenciaturas" e "bem vindos à festa dos politécnicos", a banda de Coimbra ia lançando farpas em todas as direcções.<br />Prostituição Universitária, o Violador, o autocarro das sete, eram grandes sucessos. Mas o concerto foi interrompido e o presidente da Académica de então, Tó Silva, tornou célebres as palavras de calma "oh oh ó pessoal!".<br /><br />Orxestra Pitagórica.<br />Estes rapazes são uns senhores.<br />O meu padrinho era membro da Pitagória e respondia à alcunha de Mancha. Passei com os pitagóricos o meu cortejo da Latada e teve um misto de tortura (5%), diversão(75%) e bebedeira(20%), ou não fosse eu ter treino ao final do dia.<br />Estes rapazinhos pegam numa qualquer música famosa, mudam-lhe a letra, e depois vão para o palco tocar sinal de trânsito, garrafas, colheres, autoclismo e tudo o que se vão lembrando.<br />Tocam por normal ao final da noite e regularmente num dia que não o marcado, uma vez que costumam estar muito bêbedos quando chega a hora de actuarem.<br /><br />Mas a Queima é mesmo assim. Alguns excessos, bastante álcool e muita mas muita diversão.Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-52961954285531043712008-02-29T02:48:00.000-08:002008-02-29T03:10:33.772-08:00As cassetesJuntas uma caixa de plastico com dois furinhos, duas rodinhas, uma fita e tens uma cassete.<br />E durante uns bons aninhos foram elas que me acompanharam para cá e para lá.<br />E, diga-se, fui um destruidor de "walkmans". Tive uns 4. Para onde eu fosse eles iam.<br />Aliás, durante o secundário, andava sempre com duas coisas na mochila: um walkman e uma bola de basquete.<br />De X em X tempo lá ia eu comprar (leia-se "pedir ao pai ou à mãe para comprar") um "pack" de cassetes. Sim, porque gravar por cima era sinónimo de uma gravação de menor qualidade, ou seja, era certo e sabido que, muitas vezes, acabaria por ouvir como fundo da gravação actual a gravação anterior. E isso não costuma ser boa ideia.<br />Inicialmente as minhas gravações exigiam uma concentração rara.<br />Estava deitado na cama, com o rádio na mesinha de cabeceira e o dedo no botão da pausa, com o "rec" accionado. Assim que ouvia os primeiros acordes da música pretendida "PIMBAS!" carregava e lá ia eu todo contente para a próxima. Havia um senão... Muitas vezes, o locutor/animador gostava de falar por cima da música. Digamos que, se fosse hoje em dia, eu chegava ao karaoke e, de tanto ouvir a gravação, já sabia a letra de cor e com o "muito bem, estamos a ouvir Pearl Jam com Daughter. Pearl Jam cujo vocalista, Eddie Vedder, foi eleito como um dos homens mais bonitos da América"... O resultado ia ser bonito!<br /><br />Nessa altura, tinha dois colegas de turma que andavam sempre a ouvir rap e música electrónica. Lembro-me como se fosse hoje. KLF, Vanilla Ice, MC Hammer e Kriss Kross era o que estava na moda. E eles até treinavam a dançar e tudo! Por acaso acabei por nunca gravar nada disso mas às vezes a malta juntava-se em casa de um deles e ficavamos a ouvir aquilo a tarde toda. Bons tempos! "I've got the power", "Jump Jump!", "Night train", "Can't touch this" eram os grandes sucessos da altura.<br /><br />Entretanto, arranjei um "dealer". O Francisco jogava basquete comigo e tinha cassetes e CDs que me ia emprestando para eu gravar. E o que ele me arranjava ia do mais ouvido na época até grupos como Ministry ou Suicidal Tendencies.<br /><br />Mais tarde, um dos meus colegas passou de Vanilla Ice e MC Hammer e de aprender os "moves" para fazer bodyboard e ouvir música punk e ska. Foi nessa altura que comecei a ouvir Greenday, NOFX, Offspring, Bad Religion e outras bandas menos conhecidas tipo Lagwagon, Sprung Monkey ou Guns N' Wankers. Esta última valeu-me uma "menção honrosa" numa aula de inglês que, por acaso, coincidiu com o dia em que aprendi o significado de wanker.<br /><br />É claro que no meio disto ouvia Nirvana, Smashing Pumpkins, Stone Temple Pilots, Alice in Chains e tudo o que fosse grunge, e juntava-lhe Sepultura, Slayer e Carcass (ah grande Valter a.k.a. Vinho que me arranjaste isso).<br /><br />VIRA O DISCO!Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-18261192305099559832008-02-27T01:33:00.000-08:002008-02-27T01:55:53.147-08:00E o primeiro CD?Depois do post sobre o meu primeiro vinil acabei por ficar às voltas e voltinhas para me tentar recordar do primeiro CD que comprei.<br />"Spaghetti Incident" dos Guns N'Roses.<br />Mas continuo na dúvida se terei comprado um outro antes. Não para mim, para a minha mãe.<br />A "Kind Of Magic", dos Queen, nesse caso, com um tema particularmente cativante que fazia de tema principal de uma série chamada Imortais, na qual um pessoal se andava a decapitar desde o início dos tempos e depois provocava descargas eléctricas monumentais. Ah, e como o nome indica, não morriam (os que decapitavam, claro).<br />Voltando ao CD, o álbum em questão talvez fosse o mais fraquinho de todos os dos GN'R mas, obviamente, quando o comprei não sabia.<br />Passava tardes inteiras na sala do R/C a ouvir o CD, às vezes voltava para ouvir mais depois de jantar e só parei de o ouvir quando comprei o "Get a Grip" dos Aerosmith.<br />Esse sim, tinha músicas fabulosas. "<a class="cm" href="http://www.letrascanciones.org/aerosmith/get-a-grip/fever.php">Fever</a>", "<a class="cm" href="http://www.letrascanciones.org/aerosmith/get-a-grip/livin-on-the-edge.php">Livin´ on the Edge</a>", "<a class="cm" href="http://www.letrascanciones.org/aerosmith/get-a-grip/cryin.php">Cryin´</a>", "<a class="cm" href="http://www.letrascanciones.org/aerosmith/get-a-grip/crazy.php">Crazy</a>", "<a class="cm" href="http://www.letrascanciones.org/aerosmith/get-a-grip/amazing.php">Amazing</a>" faziam com que "Get a Grip" tivesse quase 50% das suas faixas transformadas em sucessos.<br />Invulgar...<br /><br />VIRA O DISCO!Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-69155801019037676382008-02-25T10:05:00.000-08:002008-02-25T10:17:03.293-08:00O meu primeiro discoO meu primeiro disco foi um de vinil, daqueles pequeninos que tocavam a 45 r.p.m. e era dos...Bon Jovi. Tinha aquele som muito idiota que (ainda hoje) eles usam como fundo de algumas músicas (como se fosse bonito). O certo é que na altura eu via o clip e ouvia a música no canal 2 da RTP e gostava. Aliás, também gostava muito de ver uma de Peter Gabriel chamada "Sledge Hammer" e outra que era com um boneco de plasticina (técnicas muito evoluídas em 1900 e troca o passo) que se partia todo enquanto cantava "come on baby, do the twist".<br />Por acaso também era fã de uma música dos Europe mas começa a ser uma lista muito extensa de factos da minha vida que prefiro deixar encerrados no baú das memórias.<br />O disco de Bon Jovi era apenas o primeiro que eu escolhia. Antes já tinha uns discos muito loucos. O "Fungagá da Bicharada" era o mais porreiro e rivalizava com o do Avô Cantigas e o dos Queijinhos Frescos. Os dois primeiros eram daqueles grandinhos de 33 r.p.m., o último era dos de 45. Foi nesta altura que aprendi a brincar com o gira-discos. Já antes tinha ensaiado a minha relação com este aparelho mas o máximo que consegui foi, aos 2 anos, partir a agulha do gira-discos de estimação da minha mãe.<br /><br />VIRA O DISCO!Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3364871847140678844.post-58124230434721324712008-02-25T09:49:00.000-08:002008-02-25T09:59:57.064-08:00A minha vida dava uma compilaçãoDizem que durante a adolescência criamos uma maior ligação com a música, que é nessa idade que temos uma maior necessidade de ouvir música...<br />A minha adolescência ainda não acabou e já estou quase nos trinta.<br />Gosto de música!<br />Devoro música!<br />Sou constantemente posto perante a tentação de ouvir novos sons, novos grupos, novas "sonoridades", como lhes chamam os "especialistas"...e gosto!<br />A banda sonora da minha vida corre todo o espectro musical mundial.<br />Leva uns pozinhos de Xutos & Pontapés e Bon Jovi, passa por Nirvana, Pearl Jam, Suicidal Tendencies, Soundgarden ou Smashing Pumpkins, salta para Rage Against the Machine, Madredeus ou Kusturica, depois dá um pulinho a Ivete, Chiclete com Banana ou Raúl Seixas, a Blasted Mechanism ou Serj Tankian e sacode o crânio com um house, relaxa com um chill out e "passa-se" com trance...<br />Há dias tentei ordenar a banda sonora da minha vida cronologicamente. Não consigo. Mas fui identificando certos episódios marcados por certas músicas, certos grupos.<br />É isso que vai ilustrar este blog.<br />Por isso espero que quem leia goste e que, caso não conheça algum "alvo sonoro" das minhas crónicas, sinta curiosidade de procurar, ouvir e dizer "hummm gosto!" ou "o que é isto? este tipo é parvo?" ou, como diz a minha avó: "credo! isto é música do diabo!".<br />Coloquem os "headphones".<br />A banda sonora vai começar a tocar.<br /><br />VIRA O DISCO!Filipe Sousahttp://www.blogger.com/profile/00938829133329731609noreply@blogger.com0